quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A máscara!

Fui ver o Carnaval!
Saí á rua para ver os ânimos nesta altura propícia à alegria e boa disposição.
Encontrei uma multidão de pessoas na rua, que dando largas à imaginação, usavam todo e qualquer tipo de máscaras e fantasias. Escondidas atrás daquele “boneco”, disfarçadas por “aquela” maquilhagem, irreconhecíveis dos pés à cabeça, soltavam aquele espírito irreverente, rebelde, folião e até mesmo depravado.
Vi de tudo!
A senhora engenheira recatada, qual prostituta de cabaret.
O senhor bancário sério, na pele do hilariante Charlie Chaplin.
A professora autoritária num sensual traje de enfermeira.
O administrativo responsável, coberto de “sangue”, qual Jack Estripador.
Muitos padres, inúmeras freiras, uma tribo completa de índios, pinguins a perder de vista, ….

Todo este desfile fantasias ao som de música contagiante. A folia por se vestir outra pele que não a própria, pelo uso de uma personalidade de outrem, pelo êxtase de se poder gritar aquilo que normalmente esta remetido ao silêncio…
(...)
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Pensando bem…Eu não fui ver o Carnaval!
Eu vivo no meio de um Carnaval!
Onde diariamente as pessoas usam máscaras, capas, fachadas, que servem apenas e somente para esconder aquilo que se julga menos próprio para se mostrar! Somos aquilo que outros querem que nós sejamos!
A moralidade, o preconceito, a religião, a cultura….as máscaras mais usadas por todos nós no dia-a-dia.
Pelo menos, valha-nos o Carnaval! Uma vez por ano podemos ser tudo aquilo que escondemos durante o quotidiano, sem olhar a opiniões, criticas e julgamentos alheios. Somos o que somos!
E neste espírito folião, e não obstante critico q.b, regresso á minha sornice…sem máscara…bom soninho.

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